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Viva a Princesa Isabel!

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Desde o centenário da Lei Áurea, celebrado em 1988, a princesa Isabel Cristina Leopoldina de Bragança e Bourbon, que a outorgou, foi destronada do posto de “redentora”, título com que foi aclamada nas ruas pelos libertos. A partir daquele ano, que foi também o da promulgação da atual Constituição brasileira, estudiosos e lideranças do movimento negr o procuraram reduzir ou relativizar a importância do ato da princesa.   A abolição, segundo essa nova visão, foi o resultado da luta e da resistência dos escravos, e não da magnanimidade da Coroa. Assim, em vez de homenagear Isabel, o justo é homenagear heróis negros, como Zumbi dos Palmares, que lutou até à morte pela liberdade, e Cosme Bento das Chagas, o Negro Cosme, que comandou a resistência escrava no maior quilombo do Maranhão.   Em vez do 13 de maio, dia da assinatura da Lei Áurea, celebre-se, pois, o 20 de novembro, data da morte de Zumbi. O 13 de maio, passou, então, a ser considerado um dia nacional de luta contra o r

O legado de Sérgio Ferretti

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Qua ndo, na segunda metade dos anos 70,   ingressei no curso de Comunicação Social da UFMA, o professor Sérgio Figueiredo Ferretti era já uma espécie de   ícone para estudantes, como eu, interessados em desvendar os segredos da cultura popular e curiosos em relação às chamadas ciências sociais. Conheci-o na companhia de Valdelino Cécio, poeta e apaixonado pelo folclore, meu saudoso amigo, na antiga Fundação Cultural do Maranhão, presidida por Domingos Vieira Filho. O professor Ferretti estava então empenhado, juntamente com Valdelino,  Joila Moraes e Roldão Lima, na conclusão de uma pesquisa sobre o tambor de crioula, depois transformada em livro, publicado na série “Cadernos do Folclore”, do antigo Ministério da Educação e Cultura. Causou-me excelente impressão a combinação de um rico currículo – era graduado em Museologia e em História, fez mestrados em Sociologia do Desenvolvimento e Antropologia – com uma simplicidade quase franciscana nos gestos e nas p